SCP-150 – Parasita da Assimilação Corporal

SCP-150
SCP-150

SCP-150 – Parasita da Assimilação Corporal

Classe: KETER
Nível de Ameaça: ALTO

  • Ano de descoberta: Desconhecido
  • Local de contenção: Site‑42, laboratório de contenção de agentes infecciosos
  • Procedimentos de contenção: Hosts infectados devem ser mantidos em celas nível 3; culturas em frascos lacrados; instâncias errantes devem ser incineradas
  • Propriedades anômalas: parasita; simbiose; transformação de membros; reprodução interna; supressão imunológica

Parasita semelhante a piolho marinho que substitui a língua de vertebrados, transforma membros em apêndices quitinosos e consome gradualmente o corpo inteiro enquanto preserva a consciência do hospedeiro.

O SCP‑150 é mantido sob rigoroso isolamento biológico. Hospedeiros infectados são mantidos em celas de contenção de biossegurança de nível 3, com alimentação e manipulação remotas. Culturas do organismo são conservadas em frascos hermeticamente selados sob vácuo. Qualquer espécime errante encontrado fora de ambiente controlado deve ser destruído imediatamente por incineração.

Descrito originalmente nos relatórios da Fundação como um parasita crustáceo, SCP‑150 adere às línguas de peixes e vertebrados, substituindo esse órgão e consumindo lentamente tecidos. Uma vez alojado, o organismo secreta compostos que transformam o membro mais próximo do hospedeiro em um apêndice quitinoso segmentado capaz de manipular objetos com grande força. O parasita alimenta‑se da massa corporal sem provocar dor imediata, mascarando sua presença.

Embora a transformação física seja grotesca, testes indicam que a consciência do hospedeiro permanece intacta. O SCP‑150 reproduz‑se injetando ovos na corrente sanguínea; a maioria não sobrevive, mas os que persistem colonizam o corpo inteiro, substituindo gradualmente o sistema nervoso. Hospedeiros infectados relatam sensação de bem‑estar e dedicação servil ao parasita, continuando a agir como se nada estivesse errado.

Observações em laboratório mostram que o parasita pode sobreviver em diferentes vertebrados e apresenta forte resistência a pesticidas tradicionais. Médicos da Fundação precisam monitorar cuidadosamente qualquer interação para evitar exposições acidentais. A remoção completa do SCP‑150 é considerada impossível sem destruir o hospedeiro, e a supressão imunológica torna a infecção quase sempre fatal.

A primeira ocorrência documentada no Brasil foi relatada numa comunidade ribeirinha do Amazonas, onde pescadores descobriram peixes com apêndices estranhos. Um agente da Fundação em Manaus identificou a presença de SCP‑150 após um pescador perder a mão para um braço quitinoso. A partir dessa descoberta, o organismo foi coletado e transportado para Site‑42 sob cobertura sanitária, alimentando lendas locais sobre “peixe bruxa” que ainda circulam entre os habitantes.

Dadas as propriedades degenerativas e a disseminação interna do SCP‑150, a Fundação estabelece protocolos estritos de quarentena para qualquer caso suspeito. Indivíduos infectados devem ser tratados com compaixão, mas nunca liberados. Para mais informações sobre SCP‑150, consulte o documento original.